O líder do país, Kim Jong Un, é tido como uma divindade

O Portas Abertas dos EUA confirmou a morte de dois cristãos, revelando que um foi baleado enquanto ia a um ‘treinamento’ da Bíblia na China, e que outro morreu em um campo de trabalho na Coreia do Norte.

“Ele estava muito animado com a sua nova fé e queria compartilhar o Evangelho com sua família”, disse um trabalhador não identificado do Portas Abertas, em um comunicado. “Ele queria voltar para a China para estudar mais a Bíblia para que pudesse explicar a fé cristã melhor a sua família. É de partir o coração a sua morte e eu não consigo parar de pensar: ‘Se ele tivesse chegado um pouco mais tarde no rio de fronteira, o guarda não o teria visto e atirado nele. Ele ainda poderia estar vivo hoje”.

O outro cristão que foi morto também, aparentemente, fez cursos de Bíblia na China, mas voltou para a Coreia do Norte oito meses depois.

O Portas Abertas disse que ele era um cristão dedicado e fiel, o que é uma ofensa criminal na Coreia do Norte, passível de prisão e até mesmo de morte. Quando as autoridades descobriram sobre sua fé, eles o enviaram a uma prisão em um campo de trabalho forçado.

“Acabamos de receber a informação de que ele estava morto”, disse o Portas Abertas. “Ele foi terrivelmente torturado por causa de sua fé. Ele também foi forçado a fazer trabalho pesado, sem receber qualquer alimento. Antes de seu retorno à Coreia do Norte, ele foi batizado e se dispôs a enfrentar todas as dificuldades por isso. Nós nunca dizemos às pessoas para voltarem à Coreia do Norte, mas ele estava feliz. Estamos devastados ao ouvir sobre esses assassinatos. Sabemos que cristãos morrem por sua fé quase todos os dias naquele país, mas ainda é difícil lidar com isso”.

O grupo de vigilância divulgou que a Coreia do Norte foi a número um na lista dos países que mais oprimem e preseguem cristãos no mundo, por 11 anos consecutivos.

“Em nenhum outro lugar do mundo a perseguição de cristãos é tão intensa. Mesmo a posse de uma Bíblia é suficiente para ser morto ou enviado para um campo de trabalho forçado por toda a vida”, disse o Portas Abertas. A organização acrescentou que entre 200 mil e 400 mil cristãos podem estar vivendo na Coreia do Norte, mas os números oficiais são difíceis de informar, já que a profissão de fé deve ser mantida em segredo. Desses crentes, acredita-se que de 50 mil a 70 mil estão vivendo em campos de concentração, onde alguns enfrentarão uma morte cruel.

“Não há qualquer liberdade religiosa na Coreia do Norte. As pessoas são simplesmente mortas se eles acreditam em Jesus”, informou um refugiado norte-coreano, cujo nome não foi divulgado por razões de segurança, à Portas Abertas. “Kim Jong-Un é um deus e não pode haver qualquer deus além dele”. O Portas Abertas também revelou que existem serviços de igreja na Coreia do Norte, mas só quando os estrangeiros estão presentes, porém não há liberdade de religião, fala ou imprensa no país.

Em dezembro, um cidadão dos EUA ligado a um grupo protestante foi preso na Coreia do Norte. Detalhes de seu caso são vagos, mas fontes disseram que as autoridades encontraram em sua posse um computador com “informações delicadas” sobre a Coreia do Norte. As informações em questão supostamente se referem a fotos de órfãos e as lutas que população enfrenta, fatos que o governo norte-coreano não quer que sejam revelados.

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Fonte: TCP e Portas Abertas